REFLEXÕES... ***
Trecho:
LIMA, Paulo Gomes; SANTOS, Sandra Mendes dos - O Coordenador Pedagógico na
Educação Básica: Desafios e Perspectivas - (p.
79)Educare et Educare, Revista de Educação. 2007.
Começar,
efetivamente, a primeira reflexão deste curso de Pós-Graduação e a partir das
dimensões listadas por Piletti, no artigo produzido por Lima, 2007, para o
periódico “Educere et Educare” – Revista da Educação, denota a responsabilidade
que teremos e também “o aprofundamento teórico-prático” que o curso terá.
Escrever estas
pequenas reflexões “mexeu muito comigo”, apesar do texto ter seu foco na rede
de ensino paulista. Este incômodo é por ter a minha prática sido colocada em
“xeque”, por serem as minhas leituras, minha formação acadêmica, minha formação
continuada e principalmente a minha prática pedagógica questionados.
Talvez a maior
dificuldade seja realmente em definir a “minha cara de Coordenador Pedagógico”,
que campo de atuação deveria estar e isto não tem sido uma tarefa fácil, em
função do exercício de minhas funções ao longo de vinte e seis anos de
magistério.
Anos estes em
que tive “várias facetas”: professor regente, coordenador pedagógico local e
intermediário (Regional), professor formador, diretor de escola de educação
básica (educação infantil, ensino fundamental, anos iniciais e finais, e também
EJA).
E são estas
“facetas” exercidas e incorporadas ao longo dos anos que às vezes me levaram a
adotar o perfil citado por Lima (2007) de “coordenador Bombril”. Ao ver a falta
de 3, 4 ou mais professores em nossa instituição de ensino, fico pensando no
trabalho daqueles que ficam “prejudicados” pelo tumulto causado nas salas,
pelos transtornos momentâneos que ocorrem.
Logo após
“ocupar” o “espaço vago” fico pensando naqueles que atendi e aos que não pude
atender ao longo do dia. Será que minha atuação atenderá? Será que trouxe
ganhos pedagógicos? E os demais que deixei de atender? E os colegas gestores,
ajudei ou atrapalhei a sua atuação com a minha postura?
A partir destas
reflexões e das leituras iniciadas com o texto introdutório do curso, tentarei
delinear meu trabalho em 2012, como coordenador pedagógico, a partir das
diversas dimensões apontadas por Piletti, segundo Lima em seu artigo de 2007.
Neste caminho
aponto dois grandes desafios a serem, por mim, superados em meu trabalho de
coordenador pedagógico: a) como incentivar a busca pelo aperfeiçoamento
profissional daqueles que acreditam que por “estarem na trilha” há vários anos
não mais tem o que aprender? b) como auxiliar os colegas a “demonstrarem
entusiasmo juvenil e de iniciantes” em suas atividades pedagógicas, uma vez que
“educar tem se constituído em uma árdua e incompreensível tarefa”?
Tenho a plena
certeza de que estes desafios somente poderão ser superados a partir de uma
prática pedagógica coletiva, democrática, mas sobretudo, após uma “escuta
sensível” de todos os segmentos da comunidade escolar.
É com esta
“escuta sensível” que me permitirei rever minha postura profissional, que me
obrigará a ler e reler, a refletir e agir em busca de um “acordo coletivo” que
leve à obtenção do tão sonhado “sucesso no processo ensino e aprendizagem”.
Vamos ver onde
este caminho irá desembarcar, onde nos levará esta nova busca de uma identidade
pedagógica....
Professor Gilberto Alves Barbosa
***Texto publicado como exercício acadêmico por ocasião do curso de especialização em Coordenação Pedagógica pela Universidade de Brasília/MEC .
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