quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Reflexões...


REFLEXÕES... ***

Trecho: LIMA, Paulo Gomes; SANTOS, Sandra Mendes dos - O Coordenador Pedagógico na Educação Básica: Desafios e Perspectivas - (p. 79)Educare et Educare, Revista de Educação. 2007.

         Começar, efetivamente, a primeira reflexão deste curso de Pós-Graduação e a partir das dimensões listadas por Piletti, no artigo produzido por Lima, 2007, para o periódico “Educere et Educare” – Revista da Educação, denota a responsabilidade que teremos e também “o aprofundamento teórico-prático” que o curso terá.
         Escrever estas pequenas reflexões “mexeu muito comigo”, apesar do texto ter seu foco na rede de ensino paulista. Este incômodo é por ter a minha prática sido colocada em “xeque”, por serem as minhas leituras, minha formação acadêmica, minha formação continuada e principalmente a minha prática pedagógica questionados.
         Talvez a maior dificuldade seja realmente em definir a “minha cara de Coordenador Pedagógico”, que campo de atuação deveria estar e isto não tem sido uma tarefa fácil, em função do exercício de minhas funções ao longo de vinte e seis anos de magistério.
         Anos estes em que tive “várias facetas”: professor regente, coordenador pedagógico local e intermediário (Regional), professor formador, diretor de escola de educação básica (educação infantil, ensino fundamental, anos iniciais e finais, e também EJA).
         E são estas “facetas” exercidas e incorporadas ao longo dos anos que às vezes me levaram a adotar o perfil citado por Lima (2007) de “coordenador Bombril”. Ao ver a falta de 3, 4 ou mais professores em nossa instituição de ensino, fico pensando no trabalho daqueles que ficam “prejudicados” pelo tumulto causado nas salas, pelos transtornos momentâneos que ocorrem.
         Logo após “ocupar” o “espaço vago” fico pensando naqueles que atendi e aos que não pude atender ao longo do dia. Será que minha atuação atenderá? Será que trouxe ganhos pedagógicos? E os demais que deixei de atender? E os colegas gestores, ajudei ou atrapalhei a sua atuação com a minha postura?
         A partir destas reflexões e das leituras iniciadas com o texto introdutório do curso, tentarei delinear meu trabalho em 2012, como coordenador pedagógico, a partir das diversas dimensões apontadas por Piletti, segundo Lima em seu artigo de 2007.
         Neste caminho aponto dois grandes desafios a serem, por mim, superados em meu trabalho de coordenador pedagógico: a) como incentivar a busca pelo aperfeiçoamento profissional daqueles que acreditam que por “estarem na trilha” há vários anos não mais tem o que aprender? b) como auxiliar os colegas a “demonstrarem entusiasmo juvenil e de iniciantes” em suas atividades pedagógicas, uma vez que “educar tem se constituído em uma árdua e incompreensível tarefa”?
         Tenho a plena certeza de que estes desafios somente poderão ser superados a partir de uma prática pedagógica coletiva, democrática, mas sobretudo, após uma “escuta sensível” de todos os segmentos da comunidade escolar.
         É com esta “escuta sensível” que me permitirei rever minha postura profissional, que me obrigará a ler e reler, a refletir e agir em busca de um “acordo coletivo” que leve à obtenção do tão sonhado “sucesso no processo ensino e aprendizagem”.
         Vamos ver onde este caminho irá desembarcar, onde nos levará esta nova busca de uma identidade pedagógica....


Professor Gilberto Alves Barbosa

***Texto publicado como exercício acadêmico por ocasião do curso de especialização em Coordenação Pedagógica pela Universidade de Brasília/MEC .
← Anterior Proxima → Página inicial

0 comentários:

Postar um comentário