GESTÃO DE TECNOLOGIAS NA ESCOLA
Maria
Elizabeth Bianconcini de Almeida
(fichamento 2)
Por
Gilberto Alves Barbosa
BRASÍLIA
– JUNHO-2013
ALMEIDA, M.E.B.
de. Gestão de tecnologias na escola,
in Gestão Escolar e Tecnologias-Formação
de gestores escolares para o uso das Tecnologias da Informação e Comunicação, disponível
em http://moodle.mec.gov.br/unb/file.php/8/moddata/data/104/119/839/_Texto_6_Almeida_Beth_-Gesta_o_de_tecnologias_na_escola.pdf,
acessado entre 01 e 14 de julho de 2013.
1. Resumo:
A
autora, em um texto produzido para um curso de formação de gestores, faz um “rápido
apanhado” (grifo nosso) sobre a introdução e uso das TIC – tecnologias da
informação e da comunicação – na escola. Articula suas ideias a partir do
princípio que é necessária a formação e capacitação do gestor escolar para o
bom aproveitamento das TIC na escola. Em seu texto discorre sobre como ocorreu
este processo de capacitação, que contou com a condução e capacitação do
PROINFO – Programa Nacional de Tecnologia Educação – MEC, e como foram
articuladas as ações visando integrar os procedimentos administrativos e
pedagógicos em função do processo de ensino e aprendizagem.
2. Citações principais do texto:
“As tecnologias de
informação e comunicação foram inicialmente introduzidas na educação para
informatizar as atividades administrativas, visando agilizar o controle e a
gestão técnica.” (p.1).
“... as TIC começaram a
adentrar no ensino e na aprendizagem sem uma real integração às atividades de
sala de aula,...” (p.1).
“... o uso das tecnologias
de informação e comunicação – TIC na escola, principalmente com o acesso à
internet, contribuiu para expandir o acesso à informação atualizada, para
promover a criação de comunidades colaborativas que privilegiam a comunicação;”
(p.1).
“Criam-se possibilidades de
redimensionar o espaço escolar, tornando-o aberto e flexível,...”. (p.1.).
“...não adianta preparar os
alunos para o amanhã que não se conhece, se o presente por si mesmo, constitui
um grande desafio a ser superado.” (Nóvoa, citado pela autora). (p.2).
“O fator primordial para a
criação de comunidades e culturas colaborativas de aprendizagem, intercâmbio e
colaboração é a qualidade da interação,”. (p.2)
“...as TIC podem ser
incorporadas na escola como suporte para: a comunicação entre os educadores da
escola, pais, especialistas, membros da comunidade escolar e de outras
organizações”. (p.3).
“Várias atividades de
formação de educadores para o uso pedagógico das TIC têm se desenvolvido na
modalidade de formação em serviço, contextualizada na realidade da escola e na
prática pedagógica do professor e na prática pedagógica do professor, o que
constitui um avanço. (p.3).
“...a postura dos dirigentes
escolares, pouco familiarizados com a questão tecnológica. Isto dificulta a sua
compreensão a respeito da potencialidade das TIC para a melhoria de qualidade
do processo de ensino e de aprendizagem, ...” (p.4).
“A superação da dicotomia
entre o pedagógico e o técnico-administrativo, instalada na cultura escolar,
encontra eco em concepções educacionais que enfatizam o trabalho em equipe, a
gestão de lideranças e a concepção e o desenvolvimento do projeto político-pedagógico
da escola,...” (p.4).
“ A incorporação das TIC na
escola vem se concretizando com maior frequência nas situações em que diretores
e comunidade escolar se envolvem nas atividades como sujeitos do trabalho em
realização, uma vez que o sucesso desta incorporação está diretamente
relacionado com a mobilização de todo o pessoal escolar,...” (p.4).
“... a importância da
formação de todos os profissionais que atuam na escola, fortalecendo o papel da
direção na gestão das TIC e na busca de condições para seu uso no processo de
ensino e aprendizagem.” (p.4).
“... consciência da
importância de incorporar as TIC às práticas pedagógica e ao contexto da sala
de aula, bem como da necessidade de envolver os gestores nessas atividades, ...”.
(p.5).
“Desta forma, a incorporação
das TIC na escola e na prática pedagógica não mais se limita á formação dos
professores, mas se volta também para a preparação de dirigentes escolares e
seus colaboradores, propiciando-lhes o domínio das TIC para que possam auxiliar
na gestão escolar...”. (p.5).
“O uso das TIC na gestão
escolar permite... contribuir com a evolução conjunta de problemáticas tanto da
escola como da comunidade; discutir e tomar decisões compartilhadas.” (p.7).
“As interações nos fóruns e
os relatos de experiências são registrados por escrito no ambiente virtual em
uso, o que permite a qualquer momento recuperar as informações e subsidiar as
discussões nos fóruns.” (p.9).
“... formação de redes
colaborativas de aprendizagem apoiadas em ambientes virtuais para encontrar, no
coletivo da escola, o caminho evolutivo mais condizente e promissor de acordo
com a identidade da escola e com o contexto em que se encontra inserida.”
(p.10).
3. Comentários (análise e parecer):
Uma
vez que é uma realidade imutável e é inegável a sua necessidade, a introdução e
uso das tecnologias no ambiente escolar são defendidos pela autora a partir da
formação dos dirigentes escolares e seus auxiliares diretos. Ela inclusive
participou e ainda participa de cursos de formação de gestores na qualidade de
docente, condição esta que lhe permite fazer uma avaliação isenta de ranços,
mas provida de fundamentos teóricos e práticos, de como proceder para
conquistar e “cooptar” (grifo nosso) a adesão a este processo.
Sua
postura encontra ressonância na legislação vigente, uma vez que a partir da
implantação da Lei 9394/1996, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional,
buscou-se valorizar a gestão democrática no interior da escola e o gestor
capacitado é a pessoa ideal para levar este processo adiante.
Depreende-se
pela leitura de seu texto que a criação, manutenção e expansão das comunidades
colaborativas no interior da escola proporcionará mais um espaço para a
participação coletiva nas decisões a serem tomadas no interior da escola, tanto
no setor administrativo quanto pedagógico. Infere-se também pela leitura que
esta ampliação do espaço escolar permitirá uma maior participação da comunidade
escolar, uma vez que não necessariamente teria que estar na escola para a
tomada de decisões.
Contudo,
ela tem consciência e compartilha com outros autores (Almeida-2000, p.15) “a ideia que a tecnologia da informática não
é característica fundamental da transformação educacional, embora seja
incitadora de mudanças a partir das reflexões que provoca.”.
Podemos
compartilhar com os autores supracitados as mesmas concepções levando-se em
conta o contexto em que fizeram suas afirmativas/estudos (anos 2000 e
anteriores), mas ousamos dizer que nos dias atuais é sim uma característica
fundamental e que os educadores não podem se furtar e evitar o seu uso, tanto
nos aspectos administrativos quanto no processo de ensino.
REFERENCIAS
ALMEIDA,
Maria
Elizabeth Bianconcini. de. Gestão de
tecnologias na escola, in Gestão
Escolar e Tecnologias-Formação de gestores escolares para o uso das Tecnologias
da Informação e Comunicação, disponível em http://moodle.mec.gov.br/unb/file.php/8/moddata/data/104/119/839/_Texto_6_Almeida_Beth_-Gesta_o_de_tecnologias_na_escola.pdf,
acessado entre 01 e 14 de julho de 2013.
SEED-MEC
- PROINFO: Informática e
formação de professores. Série de Estudos. Educação a Distância.
Brasília: 2000.
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