quarta-feira, 10 de julho de 2013

Gestão de Tecnologias na Escola



GESTÃO DE TECNOLOGIAS NA ESCOLA
Maria Elizabeth Bianconcini de Almeida
(fichamento 2)

Por Gilberto Alves Barbosa

 BRASÍLIA – JUNHO-2013

ALMEIDA, M.E.B. de. Gestão de tecnologias na escola, in Gestão Escolar e Tecnologias-Formação de gestores escolares para o uso das Tecnologias da Informação e Comunicação, disponível em http://moodle.mec.gov.br/unb/file.php/8/moddata/data/104/119/839/_Texto_6_Almeida_Beth_-Gesta_o_de_tecnologias_na_escola.pdf, acessado entre 01 e 14 de julho de 2013.

1.    Resumo:

A autora, em um texto produzido para um curso de formação de gestores, faz um “rápido apanhado” (grifo nosso) sobre a introdução e uso das TIC – tecnologias da informação e da comunicação – na escola. Articula suas ideias a partir do princípio que é necessária a formação e capacitação do gestor escolar para o bom aproveitamento das TIC na escola. Em seu texto discorre sobre como ocorreu este processo de capacitação, que contou com a condução e capacitação do PROINFO – Programa Nacional de Tecnologia Educação – MEC, e como foram articuladas as ações visando integrar os procedimentos administrativos e pedagógicos em função do processo de ensino e aprendizagem.

2.    Citações principais do texto:

“As tecnologias de informação e comunicação foram inicialmente introduzidas na educação para informatizar as atividades administrativas, visando agilizar o controle e a gestão técnica.” (p.1).

“... as TIC começaram a adentrar no ensino e na aprendizagem sem uma real integração às atividades de sala de aula,...” (p.1).

“... o uso das tecnologias de informação e comunicação – TIC na escola, principalmente com o acesso à internet, contribuiu para expandir o acesso à informação atualizada, para promover a criação de comunidades colaborativas que privilegiam a comunicação;” (p.1).

“Criam-se possibilidades de redimensionar o espaço escolar, tornando-o aberto e flexível,...”. (p.1.).

“...não adianta preparar os alunos para o amanhã que não se conhece, se o presente por si mesmo, constitui um grande desafio a ser superado.” (Nóvoa, citado pela autora). (p.2).

“O fator primordial para a criação de comunidades e culturas colaborativas de aprendizagem, intercâmbio e colaboração é a qualidade da interação,”. (p.2)

“...as TIC podem ser incorporadas na escola como suporte para: a comunicação entre os educadores da escola, pais, especialistas, membros da comunidade escolar e de outras organizações”. (p.3).

“Várias atividades de formação de educadores para o uso pedagógico das TIC têm se desenvolvido na modalidade de formação em serviço, contextualizada na realidade da escola e na prática pedagógica do professor e na prática pedagógica do professor, o que constitui um avanço. (p.3).

“...a postura dos dirigentes escolares, pouco familiarizados com a questão tecnológica. Isto dificulta a sua compreensão a respeito da potencialidade das TIC para a melhoria de qualidade do processo de ensino e de aprendizagem, ...” (p.4).

“A superação da dicotomia entre o pedagógico e o técnico-administrativo, instalada na cultura escolar, encontra eco em concepções educacionais que enfatizam o trabalho em equipe, a gestão de lideranças e a concepção e o desenvolvimento do projeto político-pedagógico da escola,...” (p.4).

“ A incorporação das TIC na escola vem se concretizando com maior frequência nas situações em que diretores e comunidade escolar se envolvem nas atividades como sujeitos do trabalho em realização, uma vez que o sucesso desta incorporação está diretamente relacionado com a mobilização de todo o pessoal escolar,...” (p.4).

“... a importância da formação de todos os profissionais que atuam na escola, fortalecendo o papel da direção na gestão das TIC e na busca de condições para seu uso no processo de ensino e aprendizagem.” (p.4).

“... consciência da importância de incorporar as TIC às práticas pedagógica e ao contexto da sala de aula, bem como da necessidade de envolver os gestores nessas atividades, ...”. (p.5).

“Desta forma, a incorporação das TIC na escola e na prática pedagógica não mais se limita á formação dos professores, mas se volta também para a preparação de dirigentes escolares e seus colaboradores, propiciando-lhes o domínio das TIC para que possam auxiliar na gestão escolar...”. (p.5).

“O uso das TIC na gestão escolar permite... contribuir com a evolução conjunta de problemáticas tanto da escola como da comunidade; discutir e tomar decisões compartilhadas.” (p.7).

“As interações nos fóruns e os relatos de experiências são registrados por escrito no ambiente virtual em uso, o que permite a qualquer momento recuperar as informações e subsidiar as discussões nos fóruns.” (p.9).

“... formação de redes colaborativas de aprendizagem apoiadas em ambientes virtuais para encontrar, no coletivo da escola, o caminho evolutivo mais condizente e promissor de acordo com a identidade da escola e com o contexto em que se encontra inserida.” (p.10).

3.    Comentários (análise e parecer):

Uma vez que é uma realidade imutável e é inegável a sua necessidade, a introdução e uso das tecnologias no ambiente escolar são defendidos pela autora a partir da formação dos dirigentes escolares e seus auxiliares diretos. Ela inclusive participou e ainda participa de cursos de formação de gestores na qualidade de docente, condição esta que lhe permite fazer uma avaliação isenta de ranços, mas provida de fundamentos teóricos e práticos, de como proceder para conquistar e “cooptar” (grifo nosso) a adesão a este processo.

Sua postura encontra ressonância na legislação vigente, uma vez que a partir da implantação da Lei 9394/1996, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, buscou-se valorizar a gestão democrática no interior da escola e o gestor capacitado é a pessoa ideal para levar este processo adiante.

Depreende-se pela leitura de seu texto que a criação, manutenção e expansão das comunidades colaborativas no interior da escola proporcionará mais um espaço para a participação coletiva nas decisões a serem tomadas no interior da escola, tanto no setor administrativo quanto pedagógico. Infere-se também pela leitura que esta ampliação do espaço escolar permitirá uma maior participação da comunidade escolar, uma vez que não necessariamente teria que estar na escola para a tomada de decisões.

Contudo, ela tem consciência e compartilha com outros autores (Almeida-2000, p.15) “a ideia que a tecnologia da informática não é característica fundamental da transformação educacional, embora seja incitadora de mudanças a partir das reflexões que provoca.”.

Podemos compartilhar com os autores supracitados as mesmas concepções levando-se em conta o contexto em que fizeram suas afirmativas/estudos (anos 2000 e anteriores), mas ousamos dizer que nos dias atuais é sim uma característica fundamental e que os educadores não podem se furtar e evitar o seu uso, tanto nos aspectos administrativos quanto no processo de ensino.

REFERENCIAS
ALMEIDA, Maria Elizabeth Bianconcini. de. Gestão de tecnologias na escola, in Gestão Escolar e Tecnologias-Formação de gestores escolares para o uso das Tecnologias da Informação e Comunicação, disponível em http://moodle.mec.gov.br/unb/file.php/8/moddata/data/104/119/839/_Texto_6_Almeida_Beth_-Gesta_o_de_tecnologias_na_escola.pdf, acessado entre 01 e 14 de julho de 2013.


SEED-MEC - PROINFO: Informática e formação de professores. Série de Estudos. Educação a Distância. Brasília: 2000.
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